LINACEAE

Cliococca selaginoides (Lam.) Rogers & Mildner

Como citar:

Daniel Maurenza de Oliveira; Tainan Messina. 2012. Cliococca selaginoides (LINACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

275.311,914 Km2

AOO:

72,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Santa Catarina, Rio Grande do Sul (Secco, 2012) e Paraná (CNCFlora, 2012).A espécie ocorre desde altitudes desde o nível do mar até 1.300 m (Reitz et al., 7944, MOBOT 2452520).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>C. selaginoides</i> é uma herbácea do Sul do Brasil. Apresenta tolerância a grande variação altitudinal, ocorrendo em ambientes abertos como a Restinga e os Campos de Altitude. Embora a espécie esteja ameaçada pela invasão de espécies exóticas e o pastejo, possui EOO superior a 20.000 km², sendo categorizada sem risco de extinção.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Um estudo fitossociológico realizado em 10,75 m² de vegetação campestre do Rio Grande do Sul encontrou os seguintes resultados: Frequência relativa de 0,3; Cobertura relativa de 0,17; Importância relativa de 0,24 (Caporal; Boldrini, 2007).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Formação Campestre (Sobral, 2009).Restinga Arbórea (CNCFlora, 2012).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 4 Grassland
Detalhes: Os registros botânicos indicam que a espécie é uma erva rasteira, com ocorrência nos campos de altitude do Sul do Brasil, em locais com solo arenoso. No Rio Grande do Sul a espécie foi encontrada em áreas de restinga arbórea (Cordeiro, J., 3245, MBM 355536).A espécie apresenta adaptação ao fogo, visto que ocorre em áreas sujeitas a queimadas (Overbeck; Pfadenhauer, 2007).A espécie é caméfita (plantas que tem gemas apicais que se elevam a menos de 25 cm acima da superfície do solo)(Caporal, 2006).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Lorenz-Lemke et al. (2010) destacam aspectos da conservação dos Campos de Altitude do Sul. Citando Behling (2002) e (Behling; Pillar, 2007), evidenciam que as áreas de Campos de Altitude do planalto Sul do Brasil são escassas e pequenas e estão sendo reduzidas ainda mais pelos atuais processos antropogênicos e que as maiores áreas de pastagem naturais (maior que 10.000 km²) foram substituídas por florestas de pinheiros exóticos e diversas práticas agrícolas, que são as principais ameaças à pastagem natural.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Os ecossistemas de pastagem natural encontram-se em processo de permanente degradação em todo o mundo, em decorrência do superpastejo, ou simplesmente pela substituição por lavouras. No Rio Grande do Sul, em 1942, esta formação vegetal ocupava cerca de 46,26% do território. Apesar de seu valor econômico, por constituir a principal fonte de alimentação para o rebanho bovino e ovino do Estado e do seu valor ecológico, dada a extraordinária diversidade de espécies (Maia et al., 2003), atualmente ocupa cerca de 10,5 milhões de hectares, ou seja, 37% do território (Boldrini, 1993).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Em 1970, a área total de Campos no Sul do Brasil era 18 milhões ha, ao passo que em 1996 a área estava em 13,7 milhões ha (i.e. 23,7% da área total dessa região), sendo 10,5 milhões ha no Rio Grande do Sul (área total: 28,2 milhões ha), 1,8 milhão ha em Santa Catarina (área total: 9,6 milhões ha) e 1,4 milhão ha no Paraná (área total: 20 milhões ha). Assim, um decréscimo de 25% da área total dos campos naturais ocorreu nos últimos 30 anos devido a uma forte expansão das atividades agrícolas (Overbeck et al., 2009).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em Perigo", segundo a Listavermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).